Capítulo 10 – The punishment

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A franja de Jaejoong caía em seu rosto, escondendo o brilho lascivo de seu olhar. O corpo magro e esguio estava jogado sobre os lençóis amarrotados da cama e seu rosto estava corado, como se ele estivesse constrangido, ou febril. Ele lambeu o lábio inferior, com seus desejos aflorando pouco a pouco em sua pele. Afinal, o cheiro de Yunho o atiçava, tanto quanto aquele olhar raivoso e dominador.

Yunho cortou o espaço que havia entre eles, pressionando seus lábios contra os do rapaz, enquanto seu corpo jogava o peso por cima dele, afundando o corpo magro do outro sobre o colchão. Jaejoong o agarrou a barra da blusa do rapaz, o sentindo espalmar a mão contra seu rosto em um gesto carinhoso. Carinho esse que não durou muito tempo, uma vez que Yunho deixou suas unhas percorrerem o maxilar do rapaz, o marcando ali.

Jaejoong respondeu com uma mordida no lábio inferior do outro, na primeira oportunidade. Yunho pensou em se afastar, mas Jaejoong percorreu sua língua morna e macia sobre o corte que seus dentes fizeram, provando algumas gotas de seu sangue. Yunho intensificou o beijo depois disso, deixando claro quem seria o dominante aquela noite. Nada de caprichos a serem cumpridos, nada de desejos e ações bobas e infantis, aquela noite era dele.

O ar faltou aos pulmões de Yunho e Jaejoong que não parecia sequer ofegante não queria que aquele beijo terminasse. O moreno se afastou e o outro colou os lábios ao seu pescoço, o lambendo ali demoradamente, em seguida soprando onde sua saliva estava depositada, causando um arrepio no rapaz. Yunho posicionou ambas as mãos no couro cabeludo do rapaz e puxou os fios dali com força

Jaejoong o empurrou bruscamente, sentando-se na cama a medida que o moreno se afastava. Ele o queria sem roupas, pois Yunho era muito mais bonito nu. Jae murmurava coisas como “tira isso logo”, enquanto puxava a barra da regata do rapaz para cima esticando seu tecido na tentativa de afasta-la de seu corpo. Yunho o empurrou de volta para a cama e se livrou de sua regata, exibindo parte de seu corpo ao rapaz.

Jaejoong agarrou o cós da calça do rapaz o puxando bruscamente para que ele se deitasse. Yunho perdeu o equilíbrio e caiu sobre o rapaz, e o baque de seu corpo fez a cama ranger ameaçadoramente. Nenhum dos dois se preocupou com o ruído de sua cama, e voltaram imediatamente aos beijos, e seus lábios se encontraram bruscos, pressionando seus dentes um contra o outro antes de suas línguas se encontrarem novamente.

E foi a vez de Jaejoong arranhar o rapaz, escorregando suas unhas por toda extensão de seu peitoral e abdômen. Yunho sentiu um arrepio forte quando a unha do dedo do meio do rapaz escorregou pela pele sensível de seu mamilo, deixando o local eriçado e irritado. E como se não bastasse, sua mão voltou a percorrer o corpo do outro e esfregou seu mamilo com a ponta do dedo, causando arrepios no rapaz. Yunho nunca havia sido tocado ali e não sabia como aquilo poderia ser bom.

Yunho cortou o beijo e deixou uma mordida nos lábios e em seguida no maxilar do rapaz, forte o suficiente para marca-lo e causar alguma dor. Jae deixou beliscões em seu mamilo em resposta, enquanto aos poucos começava a esfregar sua virilha à do outro. Yunho forçou seu quadril para baixo o pressionando com firmeza contra o colchão e sentindo o volume nas calças do rapaz protuberante contra seu próprio membro. Ele já estava acostumado com aquele volume, mas era a primeira vez que o considerava excitante.

Não contente com somente se roçar a ele, Yunho tratou de posicionar sua mão entre os dois quadris colados e agarrou aquele local com firmeza. Os testículos de Jaejoong acomodaram-se em seus dedos e a palma de sua mão pressionou-lhe o membro, o sentindo pulsar por baixo das roupas. Jaejoong jogou o rosto de lado e encurvou a coluna ao ter seu membro agarrado tão deliciosa e bruscamente. O gemido saiu rouco por seus lábios, chamando a atenção de Yunho.

Yunho ergueu o olhar e moveu sua mão sobre a virilha do outro, relaxando e então pressionando novamente, para assim arrancar outro gemido do rapaz. Os gemidos dele eram melódicos, roucos, e não descompassados, agudos e estridentes como Yunho ouvira ao longo de sua vida. “Olha pra mim, olha pra mim e geme”, ordenou Yunho com sua voz também rouca e cheia de luxuria. Jae o obedeceu e o encarou demoradamente, em seguida gemendo languido o nome do homem que amava.

Yunho não se demorou em atacar novamente os lábios macios de seu namorado e Jae o correspondia sem pudor, sem preguiça, disposto a devolver a ele tudo o que lhe desse. O moreno sentiu o membro do rapaz ganhar rigidez e volume entre seus dedos pela primeira vez. Foi quando Yunho percebeu que precisava de Jaejoong também sem aquelas roupas incômodas. Ele queria tocar sua pele, prova-la entre seus dedos e se assim ele o permitisse, também em seus lábios.

Yunho se afastou brevemente e retirou a blusa que protegia seu namorado do frio, o encontrando em seguida nu aos seus olhos. O cós da roupa íntima estava a mostra, uma vez que sua calça já estava saindo de seu corpo, pendurada em seus quadris. Jaejoong voltou a se sentar sobre a cama e agarrou Yunho pela cintura, colando os lábios no abdômen do rapaz. Sua língua percorreu o local, rodeando seu umbigo e deixando um rastro úmido por ali, enquanto finalmente suas mãos tocavam o sexo do rapaz.

E como Jaejoong sonhou com aquele momento. Ainda por cima das roupas ele o envolveu, sentindo sua rigidez, suas pulsações, sua temperatura acima do normal e é claro, a umidade morna que indicava o quão excitado ele estava. Jae baixou mais o rosto e o pressionou contra a virilha do rapaz, inspirando profundamente o aroma próprio do local. Jae esfregou o rosto ali, como uma forma de carinho e beijou o local, em um selar estalado.

Yunho apenas o observava, estranhando tanto desejo por seu corpo. Jae voltou a se erguer, apoiando suas mãos nas coxas finas do rapaz que o observava, extasiado. Yunho ajoelhou-se na cama, na altura dele, e o puxou pela cintura colando o corpo ao do loiro. Jaejoong sorriu divertido, o puxando contra si pelo cós da calça e se esfregando a ele, sem pudor algum. Seus membros se encontravam e se moviam de acordo com seus movimentos deliciosos.

Jaejoong deixou seu rosto recostado ao ombro do rapaz e o marcou ali com outra de suas mordidas doloridas. Yunho puxou seus cabelos e o afastou dali, colando seus lábios aos dele, em um beijo afoito. Suas línguas rapidamente se encontraram, e eles as esfregaram, primeiro dentro da boca e depois para fora, sem os movimentos de sucção, apenas os dois músculos úmidos se tocando.

Jaejoong rapidamente se afastou, puxando o cós da calça do outro rapaz e desviando seu olhar para baixo, a fim de visualizar seu membro escondido. Sua mão adentrou tanto a calça quanto a roupa íntima do rapaz, e seus dedos finos envolveram o membro do mesmo e este pulsou imediatamente em sua mão. A mão livre de Jaejoong agarrou o pulso do outro e o levou até suas nádegas, Yunho recostou sua mão a elas, Jae repousou sua própria mão sobre a dele e a pressionou.

“Pega na minha bunda”

Yunho entendeu a ordem de imediato e apertou a nádega de Jaejoong, enchendo a mão nas carnes macias que o local dispunha. A bunda de Jaejoong era deliciosa, fazia uma curvatura perfeita em seu corpo e cabia nas mãos grandes de Yunho. Ele amou aquela parte do corpo do outro, ainda sem saber o quão além eles iriam. Jaejoong agarrou a calça do outro e a deixou cair ao colchão, presa aos joelhos ali apoiados, finalmente encontrando a liberdade que desejava.

A mão de Jaejoong esfregou o membro de Yunho, da base até a ponta, deixando seus dedos escorregarem por ali, tateando a estrutura do órgão. Estava rígido, avermelhado e ainda mais úmido. Yunho gemeu baixo, rouco e um tanto descompassado, seu corpo se movia aos movimentos do rapaz, em busca de mais contato, mais velocidade. Jaejoong não demorou a atender seu pedido e os músculos de seu braço ficaram evidentes quando ele colocou força em seus movimentos.

Yunho o agarrou pelas nádegas e seu peso caiu sobre o rapaz, que o apoiou firmemente pela cintura com a mão livre. Jae não aguentou o peso dele por muito tempo e ambos rolaram sobre a cama. Yunho se posicionou sobre o rapaz e puxou sua calça, livrando-se dela de uma única vez. Jae o ajudou debatendo os pés no ar e em seguida erguendo o quadril e retirando sua roupa íntima que foi parar em um canto qualquer do quarto.

Yunho se desvencilhou da calça presa em seus tornozelos e se deitou sobre o rapaz que abriu as pernas convidativamente. A virilha de Jaejoong estava quente, e exalava um cheiro diferente e muito específico que Yunho não conseguiria descrever, mas era delicioso. Yunho deixou seu rosto escorregar pelo tronco do rapaz, deixando um beijo em seu umbigo enquanto suas mãos se apoiavam em suas coxas.

A medida que seu rosto se aproximava da virilha do rapaz, seu aroma agridoce ficava mais forte, e quando seu rosto o alcançou ele quase chegava a sentir seu gosto nos lábios. A língua de Yunho tocou a glande do rapaz, deixando sua saliva se depositar morna ali, ao mesmo tempo em que sentia o sabor adocicado do mesmo. Jae gemeu demoradamente e Yunho finalmente afundou o rosto contra seu membro o sugando com firmeza.

Os dedos de Jaejoong envolveram os cabelos de Yunho e o forçaram a se mover mais depressa. Era a primeira vez que ele fazia aquilo e tudo ainda era muito instintivo, ele apenas sabia que desejava sentir os sabores de Jaejoong. O loiro afastou os cabelos do rapaz de seu rosto e o fitou enquanto este o sugava, de forma tão erótica e íntima. Dias atrás Jae não poderia dizer o quão bom aquele homem era ao suga-lo, e a sua maneira, Yunho se esforçava.

Sua língua percorria toda extensão do membro do rapaz, enquanto seus lábios escorregavam de cima a baixo, levando consigo a pele fina de seu membro. As mãos de Yunho apertavam e arranhavam suas coxas sem discernimento, deixando a pele do local irritada e avermelhada. Jae vez ou outra jogava seus quadris contra os lábios do rapaz, o obrigando a receber o membro do outro por completo em sua boca.

Yunho afastou-se do membro do outro e abocanhou seus testículos, um de cada vez, os sugando com afinco. Jae gritava por seu nome, pedindo em voz alta que ele não parasse o que fazia naquele momento. E ele não parou, sua língua percorreu toda extensão dos testículos do rapaz e em seguida, sua mão os massageou, tateando os locais que arrancavam mais gemidos de seu namorado.

Quando achou que não aguentaria mais, Jaejoong puxou mais uma vez os cabelos de Yunho e o afastou. Ele estava inebriado. Seus olhos ainda olhavam fixamente para o membro do rapaz, e seu rosto estava úmido, de uma mistura do pré-gozo com sua própria saliva. Jaejoong se levantou e o empurrou para longe, fazendo o rapaz cair desajeitado sobre a cama. Quando menos esperava, Jaejoong se jogou sobre ele, atacando seus lábios em outro de seus beijos afoitos.

Yunho sentiu os beijos do rapaz  rapidamente descerem por seu pescoço, ombros, mamilos, abdômen até alcançarem sua virilha. Jaejoong também abocanhou seu membro com afinco, no entanto, ele tinha outras intenções. Sua saliva escorreu pelo membro do rapaz, o umedecendo por completo. Jae espalhou o liquido viscoso por ali e voltou a abocanha-lo, o deixando ainda mais úmido. Yunho estranhou os movimentos de Jaejoong, apesar de achá-los deliciosos.

A saliva de Jaejoong ficava fria rápido, mas não era absorvida com facilidade pela pele de Yunho. Isso, misturado ao pré-gozo que saía sem controle algum pela fenda em sua glande, o deixavam apropriadamente lubrificado para o que viria a seguir. Jae demorou a ficar satisfeito até que o membro do rapaz estivesse bastante úmido. Quando se afastou, Yunho desviou o olhar a ele, com ar desconfiado, afinal, não sabia o que viria em seguida.

Yunho sentou-se na cama, apoiando as costas na cabeceira da cama, fitando Jaejoong que se movia lascivamente em sua direção. O loiro apoiou-se nos joelhos e engatinhou sobre o rapaz, deixando uma perna em cada lado de seu corpo. Yunho o apoiou pela cintura quando este se apoiou em seus ombros e se sentou sobre suas coxas. As nádegas macias se apoiaram ali e Jae finalmente escorregou o quadril para frente, roçando seu membro ao dele.

Jae avançou aos poucos e quando estava com o corpo devidamente colado ao rapaz, ergueu-se nos joelhos e se posicionou sobre o membro do outro. Yunho o observava estático, enquanto o rapaz abaixava-se sobre seu membro, o encaixando entre suas nádegas. Jaejoong escorregou até que o membro do rapaz estivesse perfeitamente posicionado em sua entrada, então ele afundou contra o outro.

Yunho puxou o ar sonoramente ao sentir a entrada do rapaz se fechar sobre seu membro, o esmagando de uma única vez. Os olhos do moreno reviraram e por alguns instantes ele acreditou que iria gozar antes mesmo de tudo começar. Jae ficou parado alguns instantes, esperando seu hyung recuperar o folego. Quando seu corpo se acalmou, Jae começou a se mover, ondulando o corpo contra ele, dando a Yunho a sensação mais deliciosa que ele já havia provado.

O membro de Yunho era pressionado pelas paredes do corpo do rapaz, e massageado pelos movimentos que as nádegas deste faziam. Seus olhos permaneciam fixos no rosto pálido de Jaejoong que suava frio com o momento, ao contrário de seu membro que estava corado. Jae gemia arrastado, apoiando-se nos ombros de Yunho para se movimentar com mais facilidade, com firmeza e rapidez. Os cabelos do loiro caiam por seu rosto, absorvendo o suor que escorria dali.

Jae o agarrou pelo pescoço e o enlaçou com seus braços fortes, fazendo Yunho colar o rosto em seu tórax. Yunho escondeu seu rosto no tórax alheio, sem ouvir os batimentos cardíacos que deveriam estar acelerados. Ele não prestou atenção naquele detalhe, pois sentiu os dedos de Jaejoong puxando seus cabelos com firmeza, causando espasmos no corpo do moreno e mais uma vez o aproximando perigosamente de seu clímax..

Yunho o arranhou pela cintura e finalmente o empurrou em direção a cama, sentindo Jae se encurvar em seu colo. Sem se desencaixar do rapaz, Yunho se deitou sobre ele e o penetrou mais profundamente, ainda apoiado por sua cintura. Jae ergueu ambas as pernas no ar e deixou seus pés flutuando, dando mais espaço para seu namorado, o observando apoiar os cotovelos ao lado de seu rosto na cama.

Os movimentos de Yunho eram mais rápidos e incisivos, sob o corpo do loiro. Seu quadril se movia com pressa, sem retirar muito o membro de seu corpo antes de se afundar contra ele, o tomando novamente para si. Jae o sentia ir cada vez mais fundo, até que em certo momento, o rapaz encontrou o ponto mais sensível de seu corpo e o tocou. O corpo de Jaejoong ficou tenso e tremeu, e por alguns instantes, Yunho acreditou que ele havia atingido seu orgasmo.

– Hyung, aí de novo, hyung…

Levou alguns instantes para Yunho entender o que ele havia pedido. Em seguida ele tratou de mirar na mesma direção que havia encontrado e que causava reações avassaladoras em seu loirinho. Ele não entendia o que poderia ser tão prazeroso naquele local, mas o agradaria da forma que conseguisse. Jaejoong tentava se livrar de toda aquela tensão, agarrando os lençóis e arranhando o corpo de Yunho com suas unhas curtas.

Ao ver o membro do rapaz, ali pulsante entre seus corpos, Yunho tratou de dar atenção a ele, o segurando pela base e masturbando-o de acordo com seus movimentos. Jaejoong se contorcia sem medo, amarrotando os lençóis, afastando os travesseiros e bagunçando tudo o que sua mão alcançava. Yunho amava vê-lo daquela maneira, em êxtase, se aproximando cada vez mais de seu clímax.

O suor de Jaejoong escorria por suas costas, seu tronco e rosto, e era gelado como suas lágrimas. Yunho estranhou e gostou da sensação fresca misturada ao seu corpo quente, era como se água fria saísse do corpo do rapaz por seus poros. Jae continuava pálido, mas gemia alto e pedia por mais. As mãos de Yunho escorregavam sobre o corpo do loiro, tateando sua pele agora fria devido ao suor, o deixando ainda mais fascinado.

Yunho aumentou a velocidade de seus quadris, fazendo questão de tocar sempre o mesmo ponto no corpo de seu namorado. Jaejoong se movia contra ele como podia, circulando a cintura do mesmo com as pernas. Ele repousou sua mão sobre a de Yunho e o guiou para que ele a movesse de acordo com seu gosto em seu membro. Assim, Yunho aumentou a velocidade de sua mão, masturbando o membro do rapaz com vigor.

O corpo de Jaejoong começou a contrair e relaxar, a medida que seu orgasmo se aproximava, lento e intenso. Yunho percebeu de acordo com seus gemidos e os arranhões em seu corpo que ficavam mais constantes e fortes. Ele aumentou a velocidade, brincando com o frágil e perigoso psicológico de seu pálido namorado. Jae o mordeu com força em seu ombro e desta vez tirou sangue do local, foi a sua maneira de avisar seu orgasmo se aproximando, uma vez que nenhuma frase que verbalizasse, faria sentido.

Yunho manteve seus movimentos até perceber o corpo do rapaz tremer involuntariamente, enquanto Jaejoong gritava por seu nome, contorcendo-se sobre a cama. Yunho fez questão de ir mais fundo no corpo do rapaz e pressionar seu membro entre seus dedos, o sentindo pulsar a cada gota de sêmen que escorria. Seus dedos se sujaram com o líquido morno, ao contrário das outras secreções corporais de seu amado, que eram normalmente frias.

Yunho finalmente se retirou do interior do outro e caiu ao seu lado, sabendo que o rapaz ainda se recuperava de seu orgasmo intenso. O corpo de Jae parecia ter entrado em colapso, estava gelado e trêmulo, apesar da respiração fraca e pouco ofegante. Yunho o observou atento, como apesar de suado e aparentar cansaço, Jaejoong não ofegava. Yunho então ergueu sua mão em frente aos seus olhos, fitando seu sêmen úmido ali, escorrendo de seus dedos para a palma da mão e então para seu pulso.

Yunho já cogitava terminar sozinho aquele momento, quando seu exausto namorado se sentou, virando o rosto para ele com um sorriso discreto nos lábios. Jae deixou um beijo em sua boca e baixou o rosto novamente em direção ao seu abdômen, e finalmente voltando a abocanhar o membro do rapaz. Desta vez, Jae não fez tanta questão de deixa-lo umedecido, e sim de suga-lo com vontade.

O membro de Yunho já estava dolorido e demasiadamente sensível. Seu corpo estava desacostumado com aquelas sensações e ele mesmo estranhava o fato de demorar-se tanto a atingir seu orgasmo, apesar de tê-lo sentido se aproximar diversas vezes. No entanto, nenhuma dessas ameaças foram tão fortes quanto naquele momento, e Yunho sem perceber deixou escapar um gemido discreto.

Os lábios de Jae trabalharam com firmeza e afinco, sua língua trabalhava por toda extensão da pele sensível do rapaz e ele fazia questão de dar atenção à sua glande pulsante e avermelhada. Yunho não era tão exagerado em suas reações, mas se remexia sobre a cama e vez ou outra chamava seu namorado pelo nome. Sendo assim, o que mais indicava para Jaejoong que ele estava gostando, eram os puxões de cabelo.

Yunho fechou sua mão nos cabelos do rapaz, o pressionando contra seu membro em busca de mais contato. Jaejoong não o decepcionava em momento algum, mantendo os olhos fixos e sua concentração no membro dele. Ao final, o loiro sabia que o orgasmo dele estava se aproximando, podia senti-lo já em seus lábios. Finalmente o orgasmo de Yunho veio, pela primeira vez em muito tempo. O corpo do moreno se enrijeceu, enquanto deliciosos espasmos percorriam toda sua virilha até finalmente relaxar e liberar uma grande quantidade de sêmen.

Jaejoong o engoliu em grandes goles, sem deixar uma gota sequer escapar de seus lábios. Quando voltou a erguer os olhos, Jae viu seu amado ofegante, mas com um sorriso largo e satisfeito. Yunho o chamou com um sinal de mãos, já que não teria voz para se manifestar e Jae prontamente se acomodou em seu colo. O moreno estava lindo, com o corpo suado e o olhar perdido em seu querido namorado.

Jae se deitou sobre ele e mais uma vez o escritor se surpreendeu com a temperatura corporal do rapaz.  Ele estava gelado, como se o que cobrisse seu corpo não fosse suor e sim água fria. Yunho o abraçou pela cintura com firmeza e recostou seu rosto ao dele que aparentava tanto cansaço que parecia prestes a desmaiar. Yunho o cobriu com o lençol e o apertou contra si mais uma vez, esfregando suas costas na tentativa de aquecê-lo.

– BooJae?

– Não vai fazer perguntas bobas né?

– Quero saber porque você está tão gelado. – Explicou Yunho.

– Eu estou com um pouquinho de frio. – Disse Jaejoong.

– Isso não é verdade, por que você não está tremendo?

– Não sei. – Afirmou Jaejoong, deixando um beijo no rosto de seu namorado. – Você gostou, hyung?

– Claro que eu gostei. – Respondeu Yunho, percebendo que o rapaz havia mudado de assunto. – Jae, vamos tomar um banho?

– Eu estou cansado, hyung.

– Eu estou preocupado, você está gelado, isso não é normal. – Afirmou Yunho. – Você deve estar doente.

– E você é médico? – Indagou Jaejoong erguendo o rosto. – Isso é tempestade em copo d’água.

– Jae, você é muito teimoso! – Reclamou Yunho. – Vamos, eu te dou um banho bem gostoso.

– Eu queria falar da nossa noite, foi tão gostosa, hyung.

– Falamos durante o banho. – Afirmou Yunho. – Vamos, meu BooJae.

Jaejoong suspirou pesadamente e se ergueu em um impulso, se levantando. Foi a primeira vez que Yunho percebeu as manchas arroxeadas no pescoço de seu namorado, em torno de sua pele que parecia especialmente branca aquela noite. Yunho levantou logo atrás dele ao perceber que o rapaz parecia impaciente com sua ideia, e tratou de entrar logo no chuveiro. Ele cogitou ir para a banheira, mas não queria que seu namorado esperasse muito tempo com aquela temperatura corporal fria.

Yunho adentrou o box e deixou água mais quente do que eles estavam habituados. Jaejoong o acompanhou e foi prontamente abraçado pela cintura quando ambos se enfiaram embaixo do chuveiro. Jae deixou suas mãos nos ombros do rapaz e recostou seu rosto ao dele enquanto água quente caía sobre seus cabelos. Seus fluidos corporais escorreram junto com a água, e aos poucos a palidez de Jae começava a se dissipar.

O coração de Yunho somente se acalmou quando o rubor voltou ao rosto do outro rapaz.  Jae ainda parecia cansado, mas não mais prestes a desmaiar. Yunho se afastou e usou o sabonete para lavar o corpo de seu namorado, carinhosamente, pois ele bem sabia que ambos precisavam descansar. Jae o ajudou a se lavar como ele, e em seguida eles voltaram a se abraçar embaixo do chuveiro, permanecendo longos minutos silenciosos.

– Hyung?

– Diga, BooJae.

– Nós vamos ficar juntos pra sempre, né?

– Por que você gosta tanto de pensar no para sempre? – Indagou Yunho. – Eu não consigo nem pensar no que vai ser de mim depois de sair daqui. Onde minha família vai entrar na minha vida? O que você vai ser para mim quando eu sair daqui?

– Você não pode sair daqui.

– Não agora, porque tem neve, mas no final do inverno eu vou embora e você também vai, ou o Hyukjae pode chamar a polícia e te prender.

– Nós nunca vamos sair daqui, hyung, nenhum de nós.

– Está delirando de novo, Jae. – Afirmou Yunho, se afastando e retirando os cabelos do rosto do rapaz. – O que vai acontecer, é que você vai embora da minha vida, da mesma maneira que entrou, de repente, sem me avisar.

– Você não vai se livrar de mim tão cedo, hyung, nem do Overlook. – Concluiu Jaejoong. – Este vai ser o melhor e mais longo inverno da sua vida, eu vou garantir isso.

– Chega de me ameaçar, você já fez muito por hoje. – Comentou Yunho. – E eu fico te devendo essa.

– Você gostou das minhas meninas?

– Quem são elas, Jae?

– Não interessa. – Afirmou Jaejoong. – Gostou ou não?

– Gostei, mas gostei mais do que fiz com você.

– Vamos fazer várias vezes. – Prometeu Jaejoong, desligando o chuveiro.

– Jaejoong? – Chamou Yunho, vendo o rapaz pegando a toalha e começando a enxugar as gotículas de seu corpo.

– Diga, hyung.

– Eu amo você.

Jaejoong parou de imediato o que fazia e voltou-se lentamente em direção ao rapaz, com os olhos arregalados e as mãos segurando firmemente a toalha contra seu corpo. O sorriso se formou lento e trêmulo nos lábios do loiro e ele correu em direção ao seu namorado, o abraçando com firmeza e possessividade. Yunho retribuiu o abraço, deixando diversos beijos por toda extensão do rosto do rapaz.

Aquela foi a maneira de Yunho se entregar a Jaejoong, aos encantos do rapaz que falava coisas sem sentido e que aparentava ter saúde frágil. Yunho ainda não sabia o que seria deles quando o inverno acabasse, e dormia com o medo de acordar e o rapaz ter desaparecido  tão repentinamente como chegou, mas ele o amava, como nunca amara nenhuma mulher em toda sua vida.

Abraçados sobre os lençóis amarrotados eles estavam alheios a neve que os prendia ali e é claro, ao que se movimentava no hotel. Enquanto Yunho dormia pesado, com os braços em volta da cintura do loiro, Jae o observava dormir, acariciando seus cabelos com a ponta dos dedos. Yunho já o amava, já o pertencia agora ele apenas precisava mantê-lo ao seu lado, pelo resto da eternidade. Ele começaria  já na manhã seguinte.